Kuduro.tv meets Puro Wi

 English - Born in 1980 in Luanda, Puro Wi grew in the district of Ingombota ( Mutamba). The artist began to compose of the music in 1996 at the age of 17. A meeting with the music through a group of funk named Claudinho e Buchecha. In contuation, a musical career by recording  different themes in differents styles. This experience brought him to conclude the fact that the stage was his way of life. He decided to begin to sing the kuduro when he moved in Lisbon to defend the roots of the kuduro. We count some titles which meet  success, what led to us to meet this exceptional man.



You knew the birth of the kuduro in Angola, how was this period?

In this period, I didn’t sing o kuduro but I accompanied its first steps. Indeed, I was always connected with this movement which I pushed. When I arrived to Portugal, I noticed that the persons associated with the kuduro which spoke about it in the media had nothing to do with. they didn’t even become identified with the origins of the movement and weren’t either Angolan. It’s one of the reason that made me  wanted to defend what belonged to us and consequently I began to sing the kuduro.    

What do you think about the kuduro in Portugal and in Europe?
There are many guys in Europe and in Portugal who claim to produce  kuduro, but in strictly speaking, the only thing which their music has of the kuduro, it’s the name! I’d like  those who want to produce  kuduro, made it by respecting its essence and its origins. But maybe it’s too difficult, kuduro is a style too raw which possesses its own rhythm and what only an Angolan can play. A while ago, I went to a festival in Holland, people, with whom I discussed, had already heard many of kuduro, but not original beats  as Angolan beats which I had taken with me.  

Where from comes the name Puro Wi and El Comandate?  
Puro makes reference to the original kuduro and Wi means personal. My intention consisted in returning Kuduro to its origin. At present, people call me the father of children.  

For you, what is the essence of the kuduro?   
Kuduro is a free and urban style but especially a big upheaval. What I know about the kuduro, it’s that this type of beats was already used in the 90s, but not under this naming. Tony Amado invented the dance and the kuduro name, but he stopped there. The first Angolan to assume the kuduro name and which became the biggest ambassador of the movement is Sibem. He gave its development and today, in Angola, Sibem is the artist most collectively associated with the kuduro. For me, Sibem is the face of the kuduro.  

Where from comes your style and which are the artists who affect  you?  
As you know, I began in the music with various styles which brought me  musical diversity. However, since I began to sing the kuduro, I try to get closer to the purity and to the origin of the Angolan movement " kuduriste ". My style is very personal, but I appreciate to listen to some good music of the other artists of the 90s. I love producers as DJ Kilamu, DJ Znobia and eternal I.V.M (Ibraim Veríssimo Martins). Here in Portugal, Nuxitos produções is in my opinion the best. He’s a part of the best for me because he produces very pure beats.  

Did you live of your music?  
Yes, I try to live on my music. At present, I make 8 for 9 shows a month, I can’t complain. However, to live on the music is not easy, we spend a lot and we earn little.  

An album in project?
I think  it’s not the good time. When I shall launch an album, I want it to launch in big. Upon my arrival in Portugal, I sang in bars to live. It’s at this moment when I understood that the place of the artist is on stage and not to sell albums. At present, you can listen to the title Bakokuè which meet a great success, the production is of Nuxitos Produções Laboratório moreover. The clip was shot by  Sérgio António Hd Effect and a young person, Staff Kuyoso, which made quite a lot of interesting works.  

Is there anything that you’d like to share with our readers? 
Many things in fact, but I don’t know if you have enough time for that. To start with, I’d like to congratulate the new generation of kuduristas Angolan. They make a remarkable work in agreement with the essence of the kuduro. Then I’d like to thank Cor which made an excellent work “continue my brother we are grateful to you”,the radio Cultura Angolana, Tuga Batte Sempre, Docksty, Radio Emi, DJ Uankana, my brother, my family. Generally we are together, it’s not because sometimes the father of children is "mambo" that the pat is there.

Thank you to Puro Wi for granting us this interview.

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Portugues - Nascido em 1980 na província de Luanda viveu e cresceu no bairro da Ingombota (mutamba). Puro Wi começou a compor musicas em 1996 aos 17 anos de idade. Encontrou-se com a música através de um grupo de funk (Claudinho e Buchecha). A primeira vez que viu Big Nel,o na discoteca Mathieu, teve a certeza que queria seguir uma carreira musical gravando assim vários temas em diversos estilos. Essa experiencia levou o a concluir que o palco era a sua forma de viver. Puro Wi decidiu começar a cantar kuduro quando veio viver para Portugal a fins de defender a música angolana. Já contamos com alguns títulos que encontrão um certo sucesso, o que nos levou a encontrar este rapaz de exceção.


Tu conheceste o nascimento do kuduro em Angola, como foi essa época?

Nessa época não cantava kuduro, mas acompanhei os seus primeiros passos porque sempre estive ligado com este movimento do qual fui um impulsionador. Quando cheguei a Portugal, constatei que as pessoas que faziam kuduro e que falavam de kuduro nos medias não tinham nada ver com o kuduro, nem sequer se identificavam as origens do movimento e também nem sequer eram angolanos. Isso é uma das coisas que fez que eu me interessasse por defender o que era nosso e começasse a cantar kuduro.  

O que achas do kuduro na Europa e em Portugal?
Existem muitos tipos na Europa e em Portugal que dizem produzir kuduro, mas propriamente a única coisa que a música deles tem de kuduro, é o nome kuduro. Eu gostava que aqueles que quisessem fazer kuduro o fizessem, mas que o fizessem bem, que respeitassem a origens do kuduro e que não se esquecessem da essência do kuduro. Mas se calhar é difícil demais, porque o kuduro é um estilo bruto que tem um ritmo próprio e que só um angolano pode tocar. Há alguns tempos, estive a cantar num festival na Holanda. O pessoal com quem falei, já tinha ouvido muito kuduro, mas não beats originais como os beats angolanos que para lá levei.  

De onde vem o nome Puro Wi e El Comandante?
Puro faz referência ao kuduro original e Wi significa próprio. Porque a minha intenção era mesmo trazer a originalidade. Actualmente o povo chama me de pai das crianças.  

Para ti, qual é a essência do kuduro?
Kuduro é um estilo livre, um estilo urbano. E um estilo musical que tem muita barafunda. O que eu sei é que os beats kuduro já eram utilizados nos anos 90, mas não sobre essa apelação. O Tony Amado inventou a dança e deu o nome Kuduro, mas ficou por ai. O primeiro angolano a assumir o nome kuduro e o maior embaixador do movimento é o Sibem. Que deu a sua expansão, hoje em dia, em Angola o Sibem é o artista mais associado ao Kuduro e para mim o Sibem e a cara do kuduro.  

De onde vem o teu estilo e quais os artistas que te tocam?
Como já sabem, eu comecei na música com estilos diferentes que me trouxeram a versatilidade. Mas desde que comecei a cantar kuduro, procuro me aproximar da pureza e originalidade do movimento kudurista angolano. O meu estilo é muito próprio, mas gosto de ouvir boa música de outros artistas dos anos 90. Curto produtores como o Dj Kilamu, Dj Znobia o eterno I.V.M. Em Portugal o melhor pra mim é o Nuxitos produções.  Faz  parte dos melhores produtores no meu ponto de vista  e sobre tudo faz beats muito puros.   

Estas a viver da tua música?
Estou tentando, estou a fazer 8 à 9 apresentações por mês, por isso não me posso queixar. Viver da musica não e fácil pois gastasse muito e ganhasse pouco. 

Algum álbum em preparação?
Acho que agora não é momento. Quando lançar um álbum, quero lança-lo em grande. Quando cheguei em Portugal, tinha um manager e também cantava em bares para viver. E disse me o lugar de um artista é no palco, não a vender álbuns. Atualmente, podem escutar o titulo Bakokuè que esta a bater muito bem cujo a produção e de Nuxitos Produções Laboratório o vídeo clip foi gravado pelo magico Sérgio António Hd Effect o jovem tem feito grandes trabalhos a staff kuyoso    

Alguma coisa que gostasses de partilhar com a gente?
Muita coisa, mas não sei é se tens tempo que chegue para isso. Uma das coisas que quero dizer, é enviar felicitações para a nova geração de kuduristas angolanos que estão a fazer um trabalho impecável em acordo com a essência do kuduro. Outra coisa que eu quero dizer, é agradecer ao Coreòn Dù pelo trabalho que tem feito continua mano tamos gratos a Radio Cultura Angolana, Tuga bate sempre, Dockstv radio Emi dj Uankana  meu irmão a minha família no geral tamos juntos não e porque as vezes pai das crianças mambo que  bate ta aqui .       

Muito obrigado por nos ter concedido esta entrevista. 

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Français - Né en 1980 à Luanda, Puro Wi a grandi dans le quartier de Ingombota (Mutamba). L’artiste a commencé à composer de la musique en 1996 à l’âge de 17 ans. Une rencontre avec la musique au travers d’un groupe de funk nommé Claudinho e Buchecha. Par là suite, une carrière musicale en enregistrant ainsi divers thèmes en divers styles. Cette expérience l’a amené à conclure le fait que la scène était sa manière de vivre.  Il a décidé de commencer à chanter le kuduro lorsqu’il a déménagé à Lisbonne afin de défendre les racines du kuduro. On compte quelques titres qui rencontrent un certain succès, ce qui nous a conduits à rencontrer ce garçon exceptionnel.  


Tu as connu la naissance du kuduro en Angola, comment était cette époque ?

A cette époque, je ne chantais pas du kuduro mais j’ai accompagné ses premiers pas. En effet,  j’ai toujours été connecté avec ce mouvement que j’ai poussé.  Lorsque je suis arrivé au Portugal, j’ai constaté que les personnes  associées au kuduro qui en parlait  dans les médias n’avaient rien à voir avec. Il ne s’identifiait même pas aux origines du mouvement et n’était pas non plus angolais.  C’est l’une des raisons qui a fait que j’ai eu envie de défendre ce qui appartenait et par conséquent j’ai commencé à chanter le kuduro.  

Qu’est ce que tu penses du kuduro au Portugal et en Europe ?
Il existe beaucoup de gars en Europe  et au Portugal qui se disent produire du kuduro, mais à proprement dit, la seule chose que leur musique possède du kuduro, c’est le nom! J’aimerais que ceux qui ont envie de produire du kuduro, le fassent en respectant son essence et ses origines. Mais peut être que c’est trop difficile, le kuduro est un style trop brute qui a son propre rythme et que seul un angolais peut jouer. Il y a quelques temps, je suis allé à un festival en Hollande, les gens ,avec qui j’ai discutés, avaient déjà entendu beaucoup de kuduro, mais pas les beats originaux comme les beats angolais que j’ai emmenés avec moi.  

D’où vient le nom Puro Wi et El Comandate ?
Puro fait référence au kuduro originel et Wi signifie personnel. Mon intention consistait à revenir aux origines du Kuduro. Actuellement les gens m’appellent le père des enfants.  

Pour toi, quel est l’essence du kuduro ?
Le Kuduro est un style libre et urbain mais surtout un grand chambardement.  Ce que je sais à propos du kuduro, c’est que ce type de beats était déjà utilisé dans les années 90, mais pas sous cette appellation. Tony Amado a inventé la dance et le nom kuduro, mais il s’est arrêté là. Le premier angolais à assumer le nom kuduro et qui est devenu le plus grand ambassadeur du mouvement est Sibem. Il lui a donné son essor  et aujourd’hui, en Angola, Sibem est l’artiste le plus communément associé au kuduro. Pour moi, Sibem est le visage du kuduro.

D’où vient ton style et quels sont les artistes qui te touchent?
Comme vous le savez, j’ai commencé dans la musique par différents styles qui m’ont apporté de la diversité musicale. Cependant, depuis que j’ai commencé à chanter le kuduro, je cherche à me rapprocher de la pureté et de l’origine du mouvement « kuduriste » angolais. Mon style est très personnel, mais j’apprécie écouter de la bonne musique d’autres artistes des années 90. J’aime des producteurs come Dj Kilamu, Dj Znobia et l’éternel I.V.M (Ibraim Veríssimo Martins).  Ici au Portugal, Nuxitos produções est à mon avis le meilleur. Il fait partie des meilleurs  à mes yeux parce qu’il produit des beats très purs.                             

Est ce que tu vie de ta musique ?
Oui, j’essaie de vivre de ma musique. Actuellement, je fais 8 à 9 shows par mois, je ne peux pas me plaindre. Toutefois, vivre de la musique n’est pas facile, on dépense beaucoup et on gagne peu.  

Un album en projet ?
Je pense qu’il ne s’agit pas du bon moment. Lorsque je lancerai un album, je veux le lancer en grand. A mon arrivée au Portugal, je chantais dans des bars pour vivre. C’est à ce moment là que j’ai compris que la place de l’artiste est sur scène et non à vendre des albums. Actuellement, vous pouvez écouter le titre Bakokuè qui fait un tabac, la production est de Nuxitos Produções Laboratório d’ailleurs. Le clip a été tourné par Sérgio António Hd Effect et un jeune, Staff Kuyoso, qui a fait pas mal de travaux intéressants.  

Y a-t-il quelque chose que tu aimerais partager avec nos lecteurs?
Beaucoup de choses en fait, mais je ne sais pas si tu as assez de temps pour ça. Pour commencer , je voudrais féliciter la nouvelle génération de kuduristas angolais. Ils font un travail remarquable en accord avec l’essence du kuduro. Ensuite je voudrais remercier  Cor qui a fait un excellent travail  « continue mon frère nous te sommes reconnaissants »,  la Radio Cultura Angolana, Tuga Bate Sempre, Docksty, Radio Emi, Dj Uankana, mon frère, ma famille. En général nous sommes ensemble, ce n’est pas parce que des fois le père des enfants est « mambo » que la tape est là.

Un grand merci à Puro Wi de nous avoir accordé cet interview.    

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